
O dia 20 de novembro representa
todo um povo que lutou realmente por um verdadeiro grito de liberdade, não uma
falsa liberdade, mas aquela que lhes dessem direito de ir e vir sem precisarem
se preocupar com algum capitão-do-mato lhes perseguindo ou algum senhor de
fazenda tentando lhes acertar com algum chicote.
Com a desculpa que os povos
nativos que viviam no Brasil eram comunidades de “vagabundos”, que na verdade
eram guerreiros e guerreiras que não queriam deixar sua gente ser dominada
pelos portugueses, a Coroa Portuguesa importam negras e negras da África,
vendidas e traficadas de forma desumana para servirem de escravos (as) em
terras tupiniquins. Com certeza estes e estas não aceitariam facilmente tal
tratamento, mas por ano o medo e a dor de violência física e verbal oprimiu
este povo que em galpões se uniram como uma comunidade que cultuava suas
crenças e suas culturas. Lembrando que por serem negros não havia apenas uma
religião, mas havia algumas religiões entre eles (as).
Vendo seu povo sofrendo nas mãos dos
portugueses, muitos começaram a trazer para seus momentos de descanso, que era
apenas durante a noite após os serviços, a Capoeira. Para aperfeiçoar de forma
discreta, alguns diziam que era uma dança e outros diziam que era um jogo,
quando na verdade se aperfeiçoavam nessa modalidade de luta que lhes davam
vantagem nas fugas. Entre estes grupos surgiram muitas lideranças, dentre eles
o tão conhecido Zumbi.
Zumbi dos Palmares nasceu no
estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da
resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do
Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das
fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da
Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares
(Alagoas).
Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou
uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os
negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que
precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi
capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre
católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua
portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da
missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo é
atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um
grande guerreiro. Após uma batalha sangrenta, os soldados portugueses são
obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da
província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo,
Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas,
enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.
Importância de Zumbi para a História do Brasil
Zumbi é considerado um dos
grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão,
lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil
Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o
território nacional como o Dia da Consciência Negra.

Importância do Dia da Consciência Negra
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional.
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional.
Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
Jéferson Cristian Guterres de Carvalho
Graduando em História na Universidade Luterana do Brasil
Fonte:
Sua Pesquisa.com, site acessado no dia 20 de novembro de 2013, às 00:25 hs, pelo link http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/zumbi_dos_palmares.htm
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