segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CELEBRAMOS O NATAL



O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três Reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.


A Árvore de Natal e o Presépio

Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.

presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.



O Papai Noel

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.
 
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países


- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal), POrtugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).

Por Jéferson Cristian Guterres de Carvalho
Graduando em bacharel em História
Universidade Luterana do Brasil - campus Canoas/RS

Fonte: 
Site Sua Pesquisa, acessado pelo link http://www.suapesquisa.com/historiadonatal.htm

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A CONSCIÊNCIA QUE DEVEMOS TER DA HISTÓRIA

    

   O dia 20 de novembro representa todo um povo que lutou realmente por um verdadeiro grito de liberdade, não uma falsa liberdade, mas aquela que lhes dessem direito de ir e vir sem precisarem se preocupar com algum capitão-do-mato lhes perseguindo ou algum senhor de fazenda tentando lhes acertar com algum chicote.

    Com a desculpa que os povos nativos que viviam no Brasil eram comunidades de “vagabundos”, que na verdade eram guerreiros e guerreiras que não queriam deixar sua gente ser dominada pelos portugueses, a Coroa Portuguesa importam negras e negras da África, vendidas e traficadas de forma desumana para servirem de escravos (as) em terras tupiniquins. Com certeza estes e estas não aceitariam facilmente tal tratamento, mas por ano o medo e a dor de violência física e verbal oprimiu este povo que em galpões se uniram como uma comunidade que cultuava suas crenças e suas culturas. Lembrando que por serem negros não havia apenas uma religião, mas havia algumas religiões entre eles (as).
    Vendo seu povo sofrendo nas mãos dos portugueses, muitos começaram a trazer para seus momentos de descanso, que era apenas durante a noite após os serviços, a Capoeira. Para aperfeiçoar de forma discreta, alguns diziam que era uma dança e outros diziam que era um jogo, quando na verdade se aperfeiçoavam nessa modalidade de luta que lhes davam vantagem nas fugas. Entre estes grupos surgiram muitas lideranças, dentre eles o tão conhecido Zumbi.

   Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). 

 Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.

   Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

   No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após uma batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

   Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

   O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.


Importância de Zumbi para a História do Brasil 

  
  Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.  
Zumbi dos Palmares


Importância do Dia da Consciência Negra
    A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. 

   Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 

   A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 

  Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.



Jéferson Cristian Guterres de Carvalho
Graduando em História na Universidade Luterana do Brasil

Fonte:
Sua Pesquisa.com, site acessado no dia 20 de novembro de 2013, às 00:25 hs, pelo link http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/zumbi_dos_palmares.htm

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PELO QUE VALE A PENA CELEBRAR




  No Rio Grande do Sul o 20 de setembro é feriado estadual, pois é celebrada a Revolução Farroupilha, uma revolta iniciada pela classe burguesa de estancieiros que eram contra os altos impostos que o Império havia colocado sobre o charque e o couro, produtos comercializados pelos mesmos. Com ideais de liberdade e respeito, o general Bento Gonçalves reúne um grupo de militares, também donos de grandes fazendas que produziam esta carne para comercializar pelo Brasil, dentre eles general Neto, coronel Onofre Pires, coronel Lucas de Oliveira, deputado Vicente da Fontoura, general Davi Canabarro, coronel Corte Real, coronel Teixeira Nunes, coronel Domingos de Almeida, coronel Domingos Crescêncio de Carvalho, general José Mariano de Mattos, general Gomes Jardim. Não esquecendo também de Bento Manuel Ribeiro, este que lutou em ambos os lados ao longo da guerra, mas quando acabou a “revolução” ele estava ao lado do imperador.  Muitos comemoram a grandiosidade desta batalha e a coragem que estes homens tiveram de enfrentar o Exército imperial, mas esta foi uma batalha perdida.
  Com poucos homens preparados para o combate armado, pois o contingente militar era pouco, incorporaram a suas tropas seus filhos, empregados e os negros escravos lhes prometendo uma tal de carta de alforria quando a “guerra” acabasse. Detalhe: o Brasil continuava sendo um país escravista. Também contaram com a inspiração ideológica de italianos da Carbonária refugiados, como o cientista e tenente Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além do capitão Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália.

Os verdadeiros lutadores pela liberdade
  Mas se devemos realmente comemorar a Revolução Farroupilha que não seja pela memória destes elitistas tão reconhecidos como figuras heroicas, mas sim pelos verdadeiros heróis que lutaram por seus ideais de liberdade: os Lanceiros Negros.
  Lanceiros Negros é o nome dado a dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 08 companhias de 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros.
 Tornou-se célebre o 1.º Corpo de Lanceiros Negros, organizado e instruído, inicialmente, pelo Coronel Joaquim Pedro, antigo capitão do Exército Imperial, que participara da Guerra Peninsular e se destacara nas guerras platinas. Ajudou, nesta tarefa, o Major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina.
  Estes negros escravos eram recrutados pelos generais com a promessa de receberem sua liberdade e de sua família, tendo então como ideologia real a luta pelo respeito de seu povo e a tão sonhada liberdade em relação aos demais envolvidos nesta guerra.
  Infelizmente estes homens corajosos não são reconhecidos como deveriam pela história e quando mencionados são de pouca visibilidade, mas foram de muita importância para a história regional, cultural e até religiosa do nosso estado. Muitos fatos ainda são omitidos, dentre eles o fato dos negros utilizarem de sua religiosidade para invocarem Ogum, orixá africanista da batalha, para lhes protegerem e lhes darem força a luta com o grito “Ogunhê”, e em relação ao cruel e covarde Massacre de Porongos, onde traídos pelo general David Canabarro tiveram suas armas retiradas e foram chacinados enquanto Canabarro estava longe dali. A burguesia coloca esta batalha como surpresa, que Canabarro e os Lanceiros haviam sido surpreendidos pela tropa do Império, o qual não concordo com tal versão e os movimentos quilombolas com o resgate de documentos pessoais de antepassados seus ou através da História Oral de seus familiares confirmam o massacre.
  Com reais ideais revolucionários, com a verdadeira luta pela liberdade e respeito de seu povo estes homens tiveram importante participação em nossa história e esta revolução não deveria estar sendo celebrada no dia 20 de setembro, mas sim no mês de novembro no período deste cruel massacre.

Jéferson Cristian Guterres de Carvalho
Graduando de bacharel em História pela Universidade Luterana do Brasil, campus Canoas.
Canoas, 20 de setembro de 2013.

Fontes:
Bond, Rossana. O Massacre de Porongos Faz 164 Anos. Site A Nova Democracia, Apoio a Imprensa Popular e Democrática. Acessado no dia 20 de setembro de 2013, às 11:30 hs, pelo link http://www.anovademocracia.com.br/no-48/1916-o-massacre-de-porongos-faz-164-anos.

Ferreira Hemerson. A Guerra dos Farrapos e seus Lanceiros Negros. Diário Liberdade, acessado no dia 20 de setembro de 2013, às 11:40 hs, pelo link http://www.diarioliberdade.org/brasil/antifascismo-e-anti-racismo/30880-a-guerra-dos-farrapos-e-seus-lanceiros-negros-tra%C3%ADdos.html.


Martins, Jonas. A Batalha de Porongos. O Recanto das Letras, site acessado no dia 20 de setembro de 2013, às 11:47 hs, pelo link http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2908821.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

BRASIL, TERRA DAS DIVERSIDADES


  Quando analisamos a história de um país devemos considerar toda sua multiculturalidade, diversidade religiosa, sociedade, política e economia. Muitos países constituem sua história a partir de feitos militares, através das guerras, por suas personalidades que chegaram a algum cargo elevado dos três poderes, ou, raramente, um ou outro popular que se destaca em algum tipo de revolta popular. No Brasil não tem sido muito diferente, mas a riqueza que temos em nosso país é que aqui a construção foi feita por muitas mãos. Sim, muitas mesmos, pois apesar de ter em seu primeiro povoamento os nativos que aqui viviam e após se tornando colônia da Coroa Portuguesa, este país passou por muitas transformações que contou com a participação de muitas nações que por aqui estiveram e ainda continuam.
  Quando os povos que aqui viviam caminhavam tranquilamente por terras fartas por belezas naturais constituídas por nossa fauna e flora, se deparam com a chegada de uma nova civilização que surge em estranhas embarcações que "cortam" os mares. Os portugueses então iniciam o processo de colonização, após temos então a vinda dos escravos africanos que tem suas vidas transformadas em um novo mundo que nada lhes favorecem. A miscigenação dos povos começa, começam a transitar também por aqui espanhóis e ingleses.
  Com o império instituído, também temos a presença dos demais povos europeus que além de visitar os imperadores, Pedro I e II, também começam a realizar alguns simples e ousados roteiros por terras tupiniquins. A realidade do povo que percebe-se entre católicos, africanistas e outras religiões desconhecidas que vinham do intermédio dos indígenas. Uma caminhada e "choque" de realidade começam a intervir, principalmente depois que muitos saem do país para estudar na Europa e retornam com suas propostas modeladas por influências francesas e inglesas.
  Com a República já instaurada, temos também o tráfico de jovens de diversos países que vem ao país com proposta de casamento e ao chegarem são vítimas de engano, servindo como garotas de programas para satisfazer as necessidades dos homens da alta sociedade brasileira.
  Com o modernismo a arte e demais cultura começam a se diversificar no Brasil. Samba, pagode, frevo, baião, lírico, forró, sertanejo, rap, funk, pop e demais estilos musicais vem fazendo parte do contexto musical. O Carnaval toma forma de maior festa popular do país, reconhecida pelo mundo todo, junto com a caipirinha e também a gastronomia exótica que atiçam aos demais estrangeiros que aqui chegam.
  O país se torna então não uma só cultura, religião ou sociedade, mas sim uma nação de um povo que teve que lutar muito, e ainda luta, para ter o espaço respeitado para demais religiões, crenças, movimentos sociais, etnias, sexualidade e demais diversidade.

Jéferson Cristian Guterres de Carvalho
Graduando do curso de bacharel em História na ULBRA, campus Canoas.
Colaborador deste blog.

domingo, 21 de abril de 2013

DIA DE TIRADENTES


  No dia 21 de abril comemora-se o dia de Tiradentes. Joaquim José da Silva Xavier, nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei em Minas Gerais, no ano de 1746, tornou-se o mártir da Inconfidência Mineira.
Tiradentes ficou órfão de mãe aos nove anos de idade, perdeu o pai aos onze anos, e foi criado pelo padrinho na cidade de Vila Rica, hoje conhecida como Ouro Preto.
  O apelido de Tiradentes veio da profissão de dentista que exercera com muita responsabilidade, mas o ofício que mais lhe promoveu foi o de soldado, integrante do movimento da Inconfidência Mineira - que o levou à morte em praça pública, por enforcamento e esquartejamento.
  A Inconfidência Mineira foi um abalo causado pela busca da libertação do Brasil diante da monarquia portuguesa, ocorrendo por longos anos, no final do século XVIII.
  Na cidade de Vila Rica e nas proximidades da mesma eram extraídos ouro e pedras preciosas. Os portugueses se apossavam dessas matérias-primas e as comercializavam pelos países europeus, fazendo fortuna à custa das riquezas de nosso país, ou seja, o Brasil era grandemente explorado por essa nação.
  O reinado de Portugal no Brasil cobrava impostos caríssimos (o quinto) e a população decidiu se libertar das imposições advindas do governo português. A sociedade mineira contrabandeava ouro e diamante, além de atrasar o pagamento dos impostos.
  Com o fortalecimento das ideias contra os portugueses, aconteceu a Inconfidência Mineira, tendo como principais objetivos: buscar a autonomia da província; conseguir um governo republicano com mandato de Tomás Antônio Gonzaga; tornar São João Del Rei a capital; conseguir a libertação dos escravos nascidos no Brasil; dar início à implantação da primeira universidade da região; dentre outros.
  Durante o movimento, as notícias de que os inconfidentes tentariam derrubar o governo de Portugal chegaram aos ouvidos do imperador, que decretou a prisão deles. Tiradentes, para defender seus amigos, assumiu toda a responsabilidade pelo movimento e foi condenado à morte.
  O governo fez questão de mostrar em praça pública o sofrimento de Tiradentes, a fim de inibir a população de fazer manifestos que apresentassem ideologias diferentes. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu o trajeto, chegando à cadeia pública da região, foi enforcado após a leitura de sua sentença condenatória.
  Ainda hoje podemos ver o museu da Inconfidência Mineira, que está localizado na Praça Tiradentes, na cidade de Ouro Preto, local onde é preservada a memória desse acontecimento tão importante da história do Brasil, com o ciclo do ouro e as obras de arte de Aleijadinho.



Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

FONTE: Brasil Escola, acessado no dia 21 de abril de 2013, às 19:16 hs, pelo link http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/tiradentes.htm

DIA DOS DESCOBRIDORES BRASILEIROS


   Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. 


  Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.
  No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os minicípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.    
  Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.

FONTE: Sua Pesquisa, acessado no dia 21 de abril de 2013, às 19:09 hs, no link http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_do_indio.htm

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CASTELOS MEDIEVAIS




Os castelos são arquiteturas interessantes que mexem com o nosso imaginário, onde viajamos em mundos de fantasia com princesas e príncipes, monstros, fantasmas e também o fascínio do romantismo e do poder político de uma nação. Uma construção que pode apenas nos encantar por sua beleza ou algo que pode nos intrigar com seus mistérios, desde o por quê de sua construção até o verdadeiro motivo deste ter sido construído. A seguir vejamos um pouco do contexto-histórico e origem dos castelos medievais.
Durante a Idade Média (séculos V ao XV) a Europa foi palco da construção de milhares de castelos. Nesta época da história, as guerras eram muito comuns. Logo, os senhores feudais, reis e outros nobres preocupavam-se com a proteção de sua residência, bens e familiares.

Primeiros castelos de madeira
Durante os primeiros séculos da Idade Média (até o século XI, aproximadamente), os castelos eram erguidos de madeira retirada das florestas da região. Seu interior era rústico e não possuía luxo e conforto.

Castelos de pedra
A partir do século XI, a arquitetura de construção de castelos mudou completamente. Eles passaram a ser construído de blocos de pedra. Tornaram-se, portanto, muito mais resistentes. Estes castelos medievais eram erguidos em regiões altas, pois assim ficava mais fácil visualizar a chegada dos inimigos. Um castelo demorava, em média, de dois a sete anos para ser construído.

Arquitetura e funções
Em volta do castelo medieval, geralmente, era aberto um fosso preenchido com água. Esta estratégia era importante para dificultar a penetração dos inimigos durante uma batalha. Os castelos eram cercados por muralhas e possuíam torres, onde ficavam posicionados arqueiros e outros tipos de guerreiros. O calabouço era outra área importante, pois nele os reis e senhores feudais mantinham presos os bandidos, marginais ou inimigos capturados.
Como o castelo medieval era construído com a intenção principal de proteção durante uma guerra, outros elementos eram pensados e elaborados para estes momentos. Muitos possuíam passagens subterrâneas para que, num momento de invasão, seus moradores pudessem fugir.
O castelo era o refúgio dos habitantes do feudo, inclusive os camponeses (servos). No momento da invasão inimiga, todos corriam para buscar abrigo dentro das muralhas do castelo. A ponte levadiça, feita de madeira maciça e ferro, era o único acesso ao castelo e, após todos entrarem, era erguida para impedir a penetração inimiga.
Por dentro, o castelo medieval era frio e rústico, ao contrário do luxo mostrado em muitos filmes sobre a Idade Média. Os cômodos eram enormes e em grande quantidade. O esgoto produzido no castelo era, geralmente, jogado no fosso.
Grande parte destes castelos medievais ainda existe na Europa, porém foram transformados em hotéis, museus ou pontos turísticos. Em cidades do interior da França, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha e Inglaterra, podemos encontrar vários exemplos destes interessantes tipos de construção antiga.

Torre de menagem

A torre de menagem, em arquitetura militar, é a estrutura central de um castelo medieval, definida como o seu principal ponto de poder e último reduto de defesa, podendo em alguns casos servir de recinto habitacional do castelo.
A torre de menagem, como é conhecida em Portugal, foi uma estrutura comum nos castelos da Europa medieval, sendo equivalente à torre del homenaje em Castela, o maschio em Itália e o Bergfried na Alemanha, e aproximadamente equivalente ao donjon na França e o keep na Inglaterra. O donjon e o keep, porém, se distinguem por serem de superfície muito grande e serem sempre destinados à habitação da autoridade do castelo. No Japão feudal, a parte do castelo que mais se aproximaria à torre de menagem seria o tenshukaku (天守閣).
Abaixo segue relações de alguns dos castelos mais famosos da Europa:


CASTELO DE HEIDELBERG


A aura fascinante que envolve o castelo de Heidelberg e seu parque resulta provavelmente da mistura especial entre o eterno e o efêmero. Ele parece estar fora desse mundo e é a personificação do romantismo alemão. Mesmo o cenário majestoso das ruínas do castelo, cobertas por trepadeiras, ainda deixa perceber o poder e a glória de seus antigos senhores, a dinastia dos Wittelsbacher. Construído por volta de 1300 como fortaleza, com torres, casamatas e fossos, o complexo cresceu no alto da cidade ao longo de 400 anos, tornando-se um símbolo feudal dos príncipes do Palatinado. A residência mais antiga ainda identificável é a chamada "Ruprechtsbau", com uma suntuosa lareira renascentista no seu interior. A unidade "Ottheinrichsbau" é considerada o primeiro palácio construído em território alemão com uma fachada ricamente ornamentada. A construção mais bem conservada é a "Friedrichsbau", com uma galeria dos príncipes eleitores antepassados na sua fachada. No térreo, fica a igreja do castelo, ainda intacta, com as dependências residenciais acima. O magnífico jardim projetado por ordem de Frederico V, com a intenção de criar pela mão humana um paraíso na terra, exerce um fascínio especial. Durante muito tempo, o Hortus Palatinus foi considerado a oitava maravilha do mundo, embora nunca tenha sido concluído. Para se ter uma impressão do cotidiano dos moradores do castelo de Heidelberg, é oferecida aos sábados uma visita guiada especial sobre "a vida na corte". Uma diversão para toda a família! No prédio Ottheinrichsbau está instalado o Museu Alemão da Farmácia. Aqui você poderá conhecer a história emocionante da farmácia. Passeios Um dos caminhos mais bonitos e mais famosos para se passear em Heidelberg é o Philosophenweg, o "caminho dos filósofos": daqui, você pode apreciar com toda a calma o maravilhoso cenário do centro histórico e do castelo. A Deutsche Limes-Strasse é uma rota turística que acompanha a antiga fronteira entre o Império Romano e as tribos germânicas, conhecida como Limes, patrimônino mundial da UNESCO.


CASTELO DE LOCHES

O Castelo de Loches (em francês: Château de Loches) é um castelo situado no departamento de Indre-et-Loire, no Vale do Loire, em França.
Construído no século IX, cerca de 500 metros acima do rio Indre, o enorme castelo, famoso sobretudo pela sua enorme praça, domina a vila de Loches. O complexo, constituído por três edifícios, incluindo uma das mais antigas torres de menagem da França, é um dos mais bem preservados conjuntos arquitetônicos europeus da Idade Média.
Já em 1840, a igreja pertencente ao castelo foi reconhecida como um Monumento Histórico, estatuto obtido em 1862 pela torre de menagem, a que se seguiu a entrada para o recinto em 1886 e o Logis Royal em 1889. O conjunto está, ainda, classificado pelo Ministério da Cultura. É considerado um dos Castelo do Loire, embora não esteja exatamente no vale daquele rio.
Já no século V existia um vicus em Loches, o qual foi arrasado em 741. No ano de 742 encontra-se uma fortaleza mencionada como mota, referida em registos posteriores como castrum.
Carlos II, o Calvo, deu o castelo, em 840, ao seu fiel cavaleiro Adeland, que o ofereceu à sua neta Roscille. Esta tinha casado com o Conde de Anjou, Fulque I de Anjou, o filho do Visconde Ingelger, e assim levou o castelo para aquela família. De Fulque I, a construção passou para o seu filho Fulque II de Anjou e, depois, para o filho deste, Godofedo I. Em 962, este mandou erguer no local uma igreja dedicada a Santa Maria, onde antes ficava a pequena e simples Igreja de Santa Maria Madalena, construída no século V pelo Bispo de Tours Santo Eustoche. Esta igreja dedicada a Maria foi a predecessora da actual colegiada de Saint-Ours, que até ao século XIX teve o nome de Notre-Dame (Nossa Senhora). O próprio castrum foi reconstruído, embora não esteja claro quem foi o reconstrutor. A única certeza é que foi construído para proteger contra a invasão feita pelos normandos ao Touraine no século X.
Ao filho de Godofedo I, Fulque III de Anjou, é atribuída a construção da torre de menagem, cujo início de edificação aponta, segundo a opinião de investigadores nesta matéria, para o período entre 1013 e 1035. Fulque III estabeleceu durante o seu reinado como Conde de Anjou (987-1040) uma densa rede de fortificações, elevadas a intervalos de cerca de 30 quilómetros por todo o condado e que deviam garantir as pretensões de poder da sua Casa. A torre de menagem em Loches foi fortificada por este motivo.
Após a morte de Fulque III, o castelo foi herdado pelo seu filho, Godofredo II. Uma vez que este faleceu sem deixar descendentes masculinos, o edifício passou em 1060 para o seu sobrinho Godofredo III e, mais tarde, para o irmão deste, Fulque IV. No decurso do conflito permanente com os Condes de Blois-Chartres, o Castelo de Loches esteve, de forma contínua, ligado aos Conde de Anjou desde a sua criação.
Torre de menagem do Castelo de Loches, cuja origem é atribuída a Fulque III de Anjou. No século XII, este castelo foi palco de anos de cerco, quando Henrique II de Inglaterra e os seus filhos, João Sem Terra e Ricardo Coração de Leão lutaram com o rei francês Filipe II pela posse do Touraine. Como Godofredo V de Anjou, neto de Fulque IV, tinha casado em 1128 com Matilde de Inglaterra, neta e herdeira de Guilherme o Conquistador, reivindicou o castelo para si ao rei de França, gerando uma disputa pela sua posse que duraria décadas. O filho de Godofredo V, Henrique II de Inglaterra, herdou o castelo em 1150, mas perdeu-o em 1189 numa disputa familiar com o seu filho, Ricardo Coração de Leão, embora – como toda a Loches – o edifício estivesse agora mais fortificado. Depois de Ricardo Coração de Leão ter sido capturado no regresso da Terceira Cruzada, o seu irmão mais novo entrou num acordo com a Coroa francesa sobre o Castelo de Loches em 1193, mas em 1194 Ricardo retomou-o num golpe. Demorou apenas três horas para que o local voltasse para as mãos inglesas.
Em 1150 já a igreja em estilo românico tinha sido construída nas proximidades da torre de menagem. No entanto, logo que o edifício ficou concluído o teto da nave ruiu, o que levou Thomas Pactius, o prior de então, à construção, cerca de 1165, de duas abóbadas octogonais sobre a nave e do seu telhado.


CASTELO DE PALMELA

O Castelo de Palmela localiza-se na vila, freguesia e concelho de mesmo nome, distrito de Setúbal, em Portugal.
Na península de Setúbal, no contraforte Leste da serra da Arrábida, está situado entre os estuários do rio Tejo e do rio Sado, próximo à foz deste último. Inscreve-se na chamada Costa Azul, no Parque Natural da Arrábida. Do alto da sua torre de menagem, em dias claros a vista se descortina até Lisboa.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, após a conquista de Lisboa (1147) pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), vieram a cair no mesmo ano Sintra, Almada e Palmela. Na ocasião, as forças muçulmanas que defendiam Palmela, abandonaram-na, indo refugiar-se em Alcácer do Sal. Desse modo, as forças portuguesas apenas se assenhorearam da povoação e seus domínios. As forças muçulmanas, entretanto, logo se reorganizaram, recuperando a margem sul do rio Tejo. Os cristãos reconquistaram Palmela em 1158. Novamente perdida, foi definitivamente conquistada pelo soberano em 24 de Junho de 1165. A partir do ano seguinte foram-lhe empreendidas obras de reforço.
Com a subida de D. Sancho I (1185-1211) ao trono, a povoação e seus domínios foram doados pelo soberano à Ordem Militar de Santiago, juntamente com Almada e Alcácer do Sal (1186), época em que Palmela recebeu foral, passado pelo seu Mestre. Estas localidades voltariam a cair ante a investida das forças almóadas sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, que, após terem reconquistado o Algarve, avançaram para o norte, vindo a arrancar ao domínio português, sucessivamente, o Castelo de Alcácer do Sal, o Castelo de Palmela e o Castelo de Almada (1190-1191). As defesas de Palmela ficaram bastante danificadas na ocasião. Reconquistada, segundo alguns, ainda anteriormente a 1194, ou mais provavelmente em 1205, o soberano determinou-lhe os reparos necessários em suas defesas, confirmando a doação desses domínios aos monges da Ordem, que aí instalaram a sua sede anteriormente a 1210, uma vez que no testamento do soberano, lavrado nesse ano, já são designados como freires de Palmela. Apenas após a Batalha de Navas de Tolosa (1212), em que se registou uma vitória decisiva para os cristãos peninsulares, é que foram reconquistadas as terras perdidas para além das fronteiras que se estendiam do rio Tejo até Évora.
D. Afonso III (1248-1279), a 24 de Fevereiro de 1255, confirmou à Ordem de Santiago, nas pessoas de seu Mestre, D. Paio Peres Correia, e de seu comendador, os domínios e castelos doados por D. Sancho I e confirmados por D. Afonso II (1211-1223), a saber: Alcácer do Sal, Palmela, Almada e Arruda. O seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), confirmou o Foral à vila (1323), acreditando-se que date desta fase a construção da torre de menagem, em estilo gótico, defendendo a porta principal.
Ao final do reinado de D. Fernando (1367-1383), quando do cerco de Lisboa por tropas castelhanas (Março de 1382), os arrabaldes desta vila ao Sul também foram saqueados e incendiados: E tanto se atreveram [as tropas castelhanas], sem achando quem lho contradizer, que foram em batéis pelo rio de Coina acima, e ali saíram em terra, e foram queimar o arrabalde de Palmela, que são dali duas grandes léguas (Fernão Lopes).
Com a eclosão da crise de 1383-1385, o Mestre de Santiago, Fernando Afonso de Albuquerque, na Primavera de 1384, deslocou-se até Lisboa em apoio ao Mestre de Avis, então regente por aclamação popular, tendo integrado a segunda embaixada enviada para a Inglaterra.
Meses depois, durante o cerco de Lisboa pelos castelhanos, foi no alto das torres do Castelo de Palmela que o Condestável D. Nuno Álvares Pereira, após a vitória na batalha dos Atoleiros (1384), acendeu grandes fogueiras para alertar o Mestre de Avis da sua aproximação, o que, de acordo com o cronista causou grande regozijo entre os sitiados (Fernão Lopes. Crónica de D. João I).
Durante o seu reinado, D. João I (1385-1433) procedeu a obras de ampliação e reforço no castelo (1423), determinando ainda a ereção da Igreja e do Convento onde a Ordem de Santiago, emancipada de Castela, se instalará, definitivamente, a partir de 1443.
No contexto da conspiração do duque de Viseu contra D. João II (1481-1495), abortada em 1484 com a morte do primeiro às mãos do segundo, um dos conjurados, o bispo de Évora, Garcia de Meneses, foi encarcerado na cisterna do Castelo de Palmela, onde veio a falecer poucos dias após. O episódio, narrado sumariamente por Rui de Pina e Garcia de Resende, é um pouco mais esclarecedor na crónica deste último: O bispo de Évora, ao tempo da morte do Duque [de Aveiro], estava com a Rainha, e aí o foi chamar, da parte d’el-rei, o capitão Fernão Martins; e em saindo fora, foi logo preso e levado com muita gente e muito recado ao Castelo de Palmela e metido em uma cisterna sem água que está dentro da torre de menagem, onde daí a poucos dias depois faleceu, e dizem que com peçonha.
No século XVI, o rei D. Manuel I (1495-1521) outorgou o Foral Novo à vila (1512).


CASTELO DE WARWICK

O Castelo de Warwick está situado numa encosta de arenito duma curva do Rio Avon. O rio, que corre abaixo do castelo no lado leste, erodiu a rocha onde o castelo se ergue, formando um penhasco. O rio e o penhasco forma defesas naturais.
O castelo fica na cidade de Warwick; quando a construção começou, em 1068, quatro casas pertencentes ao Abade de Coventry foram demolidas para providenciar espaço. A posição do castelo torna-o estrategicamente importante na salvaguarda das Midlands contra rebeliões.
Durante o século XII, o Rei Henrique I suspeitou de Roger de Beaumont, 2.º Conde de Warwick. Para conter a influência do conde, Henrique agraciou Geoffrey de Clinton com uma posição de poder rivalizando com a do conde. As terras que lhe doou incluíam o Kenilworth Castle, um castelo de tamanho, custo e importância comparáveis reconstruído em pedra por Clinton, que fica cerca de 8 km (5 milhas) a norte.
O Castelo de Warwick fica a cerca de 1,6 km (1 milha) da estação de caminhos de ferro de Warwick e a menos de 3,2 km (2 milhas) da saída 15 da autoestrada M40; também fica perto do Aeroporto Internacional de Birmingham
O Castelo de Warwick (em inglês: Warwick Castle, AFI: ['wɒrɪk], worr-ik) é um castelo medieval situado em Warwick, a capital do Condado de Warwickshire, na Inglaterra. Situa-se numa colina dominando uma curva no Rio Avon. O castelo foi construído por Guilherme o Conquistador em 1068 dentro ou adjacente ao burh anglo-saxão de Warwick. Foi usado como fortificação até ao início do século XVII, quando Sir Fulke Greville o converteu numa casa de campo. Pertenceu à família Greville, cujos membros se tornaram Condes de Warwick em 1759, até 1978.
A partir de 1088 o castelo pertenceu tradicionalmente aos Condes de Warwick e serviu como símbolo do seu poder. O castelo foi tomado em 1153 por Henrique de Anjou, mais tarde Henrique II de Inglaterra. Serviu para deter prisioneiros, incluindo alguns da Batalha de Poitiers, no século XIV. Sob a posse de Richard Neville – também conhecido como "Warwick the Kingmaker" , "Warwick o fazedor de reis"– o Castelo de Warwick foi usado, no século XV, para aprisionar o rei inglês, Eduardo IV.
Desde a sua construção, no século XI, o castelo sofreu mudanças estruturais com a adição de torres e edifícios residenciais redesenhados. Originalmente, um motte-and-bailey de madeira, foi reconstruído em pedra no século XII. Durante a Guerra dos Cem Anos, a fachada virada para a cidade foi refortificada, resultando num dos mais reconhecíveis exemplos da arquitectura militar do século XIV.
No século XVII, os campos foram transformados num jardim. As defesas do castelo foram reforçadas na década de 1640 para preparar o castelo para a acção na Guerra Civil Inglesa. Robert Greville, 2.º Barão Brooke, era um Parlamentarista e as forças Realistas montaram cerco ao castelo. Castelo de Warwick resistiu ao cerco e, mais tarde, foi usado para deter prisioneiros feitos pelos Parlamentaristas.
O Tussauds Group comprou a propriedade em 1978 e abriu-o como atracção turística. O edifício é protegido como um Scheduled Ancient Monument (Monumento Antigo Classificado)[1] e um listed building classificado com o Grau I.

Por Jéferson Cristian Guterres de Carvalho


Referências

Blog Viajandoblog, acessado no dia 02 de dezembro de 2012, às 21h:30min.
Blog Fatos Paranormais, acessado no dia 02 de dezembro de 2012, às 22h:07min.
Site do Castelo de Loches, acessado no dia 02 de dezembro de 2012, às 21h:56min.
Site do castelo de Warwick, acessado no dia 02 de dezembro de 2012, às 22h:01min.
Site Europanet, acessado no doa 04 de dezembro de 2012, às 11h:31min.